sexta-feira, 21 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Otan diz que não sabia que Kadhafi estava no comboio atacado por caças

Ataque 'provavelmente contribuiu para captura' do ex-ditador líbio.

Ex-ditador foi encontrado e morto por tropas do conselho de transição


Video em que Muamar Kadafi aparece sendo capturado


Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou nesta sexta-feira (21) que seus comandantes não tinham conhecimento da presença do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi no comboio de ceca de 75 veículos que foi bombardeado por caças franceses enquanto fugia de Sirte, último reduto tomado pelas tropas do Conselho Nacional de Transição do país. O ataque aéreo dispersou os veículos e permitiu que as tropas rebeldes capturassem e matassem o ex-ditador na quinta-feira (20).

Segundo informações da Otan, o ataque buscava impedir a fuga do comboio. No bombardeio, um veículo foi destruído, e o grupo se dispersou.
Um jato atacou então uma parte do comboio, com cerca de 20 veículos que se dirigiram rumo ao sul, diz o comunicado. Dez dos veículos foram destruídos.
"Mais tarde soubemos que Kadhafi estava no comboio e que o ataque provavelmente contribuiu para sua captura", diz o comunicado.
Após o ataque, tropas do CNT conseguiram capturar Kadhafi, que tentou se esconder em uma tubulação. O ex-ditador estava vivo quando foi capturado, mas morreu a caminho do hospital.
Os países membros da Otan se reúnem nesta sexta-feira (21) na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para debater o fim da missão militar na Líbia, um dia depois da morte do ex-ditador.
O conselho de embaixadores de 28 países se reúne a partir das 15h (11h de Brasília) para determinar a data do fim da operação iniciada em 31 de março, sob chancela do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo uma fonte diplomática, o que conta para a Otan é a queda de Sirte, também ocorrida na quinta-feira, e não a morte de Kadhafi, que nunca foi o objetivo declarado da missão.

Intervenção próxima ao fim
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse na sexta-feira (21) que a morte do líder deposto da líbia, Muammar Kadhafi, significa que a intervenção militar da Otan no país norte-africano chegou ao fim.
'Claramente, a operação está chegando ao fim', afirmou Sarkozy a repórteres. Mais cedo na sexta-feira o ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppé, disse à rádio Europe 1 que a intervenção militar da Otan estava encerrada, mas acrescentou que a França iria auxiliar as autoridades interinas da Líbia na transição para um governo democrático.


FONTE : G1

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